Dia 20 de Fevereiro - Dia mundial de combate ao alcool e outras drogas.

 O uso abusivo de bebidas alcoólicas e outras substâncias psicoativas constitui um problema relevante nas sociedades contemporâneas, não obstante, o consumo de bebidas alcoólicas está profundamente enraizado em nossa sociedade e cultura.

Álcool
O consumo de álcool assiduamente ou semanalmente pode ter consequências para a saúde, tanto a curto como a longo prazo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que não há nível seguro de consumo de álcool e que a situação mais saudável é beber o mínimo possível.
Também é importante notar que o álcool é uma substância psicoativa com agradáveis ​​efeitos imediatos, mas com o aumento da frequência e da quantidade ingerida pode causar efeitos secundários, como: acidentes de trânsito; violência; dependência; comprometimento de certos órgãos, como o fígado; baixa no sistema imunológico; aparecimento de doenças crônicas, como o câncer.
O alcoolismo é definido como o consumo excessivo de álcool e/ou a preocupação exacerbada com bebidas alcoólicas ao ponto que este comportamento interfira na vida pessoal, familiar, social ou profissional de um indivíduo. Do ponto de vista médico, o alcoolismo é uma doença crônica, que pode resultar em condições psicológicas e fisiológicas e, por fim, na morte.
Além da importância dos fatores ambientais, há evidências que indicam a existência de fatores genéticos que elevam o risco de desencadear a doença. O alcoolismo tende a acometer certas famílias com maior frequência, gêmeos univitelinos, e até filhos biológicos de pais alcoólatras que são adotados por casais que não bebem.
O álcool atravessa a barreira hematoencefálica rapidamente, sendo que poucos minutos após o primeiro gole, a concentração no cérebro já está igual à concentração sanguínea. Em indivíduos que não possuem o costume de ingerir bebidas alcoólicas, níveis sanguíneos entre 50mg/dl a 150mg/dl são suficientes para gerar sintomas. Esses, por sua vez, irão depender da velocidade com que o álcool é consumido.
Os efeitos físicos causados pelo álcool são:
– Redução dos reflexos;
– O uso prolongado eleva o risco do surgimento de doenças como câncer na cavidade oral, esôfago, faringe, fígado e vesícula biliar;
– Pode causar hepatite, cirrose, gastrite e úlcera;
– Quando usado em grandes quantidades pode ocasionar danos cerebrais irreversíveis;
– Pode levar à desnutrição;
– Pode causar problemas cardíacos e de pressão arterial;
– Durante a gestação, causa má formação fetal.
Já os feitos psicológicos e comportamentais causados pelo álcool são:
– Perda da inibição;
– Alteração de humor, podendo ocasionar comportamento violento, depressão e até mesmo suicídio;
– Perda de memória;
– Problemas na vida familiar do alcoólatra;
– Queda no desempenho profissional.
A tolerância e a dependência ao álcool são dois processos diferentes, mas que caminham juntos. A tolerância ao álcool é a necessidade de doses maiores para a manutenção do efeito de embriaguez obtido nas primeiras doses. Já a dependência é quando um indivíduo não apresenta mais forças por si mesmo de interromper ou reduzir o consumo de álcool. Não necessariamente uma pessoa que desenvolva tolerância ao álcool se tornará dependente. Todavia, à medida que o individuo desenvolve tolerância ao álcool, ela está mais próxima de desenvolver a dependência.
O alcoólatra sempre acha que consegue parar quando quiser, na tentativa de encobrir o problema. O paciente tenta negar qualquer problema relacionado ao álcool, mesmo que ninguém acredite, mas ele acaba por acreditar na ilusão que criou. A negação do alcoolismo é uma defesa de auto-imagem, pois fazer que uma pessoa admita essa doença é exigir dela uma forte quebra de autoimagem e consequentemente de autoestima.
Os tratamentos para o alcoolismo são muito variados e procuram ajudar os dependentes a diminuírem o consumo de álcool, seguido por um treinamento de suporte social de modo que ajude a pessoa a resistir ao retorno do consumo dessa droga. Um exemplo para esse tipo de tratamento é a desintoxicação seguida por um conjunto de terapia de suporte, atendimento em grupos de autoajuda (como os Alcoólicos Anônimos), etc.
Por todas estas razões, para manter a saúde, independentemente do motivo pelo qual bebemos, é importante decidir qual o papel que o álcool terá nas nossas vidas.
Outras drogas
As drogas têm feito parte da nossa cultura desde a metade do século passado. Popularizadas nos anos 60 pela música e pelos meios de comunicação de massa, elas invadiram todos os aspectos da sociedade.
O termo “Droga”, em seu sentido original, é um termo que abrange uma grande quantidade de substâncias – desde o carvão vegetal à aspirina. Na medicina, refere-se a qualquer substância com o potencial de prevenir ou curar doenças ou aumentar o bem-estar físico ou mental. Em farmacologia, refere-se a qualquer agente químico que altera os processos bioquímicos e fisiológicos de tecidos ou organismos.
Contudo, em um contexto legal e no sentido corrente, o termo “droga” refere-se, geralmente, a substâncias psicoativas (natural ou sintética) e às drogas ilícitas ou àquelas cujo uso é regulado por lei, por provocarem alterações do estado de consciência do indivíduo. Certos fármacos de uso médico controlado, tais como os opiáceos, também podem ser tratados como drogas ilícitas, quando produzidos e comercializados sem controle dos órgãos sanitários ou se consumidos sem prescrição médica.
Em relação ao consumo dessas substâncias, os motivos para consumi-las são diversos: pode acontecer em ambientes de festa, com substâncias estimulantes ou como consequência de situações de marginalidade, exclusão social ou dificuldades de vária ordem. Este tipo de consumo tem como consequências a dependência e doenças físicas e mentais, com tratamentos complexos e com o risco constante de recaídas.
Quanto ao tipo de efeito no sistema nervoso podem ser classificadas como:
– Depressoras (psicodislépticas) – diminuem a atividade do sistema nervoso atuando em receptores (neurotransmissores) específicos. Exemplos: álcool, barbitúricos, diluentes, quetamina, cloreto de etila ou lança perfume, clorofórmio, ópio, morfina, heroína, e inalantes em geral (cola de sapateiro, etc).
– Psicodistropticas ou psicodislépticas (drogas perturbadoras/modificadoras) – têm por característica principal a despersonalização ou modificação da percepção (daí o termo alucinógeno para sua designação) em maior ou menor grau. Exemplos: Algumas espécies de cogumelos, LSD, maconha, MDMA ou ecstasy e o DMT.
– Psicolépticas ou estimulantes – produzem aumento da atividade pulmonar (ação adrenérgica), diminuem a fadiga, aumentam a percepção ficando os demais sentidos ativados. Exemplos: cocaína, crack, cafeína, teobromina (presentes em chocolates), GHB, metanfetamina, anfetaminas (bolinha, arrebite) etc.
No que diz respeito à forma de produção, classificam-se como:
– Naturais – aquelas que são extraídas de plantas. Exemplos: tabaco, cannabis, ópio.
– Semissintéticas – são produzidas através de modificações em drogas naturais. Exemplos: crack, cocaína, heroína.
– Sintéticas – são produzidas através de componentes ativos não encontrados na natureza. Exemplos: anfetamina, anabolizante.

Fonte: http://cidadao.saude.al.gov.br/saude-para-voce/estilo-de-vida-saudavel/consumo-de-alcool-e-outras-drogas/

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